Brasil, Rio de Janeiro, 10 de maio.
Acordei com meu alarme despertando às 8:00hrs. Hoje eu vou a um Parque de Diversões com o Harry, vamos ficar lá o dia todo então tive que acordar cedo. Peguei minha toalha e fui para o banheiro tomar meu banho. Quando saí, voltei pro quarto e escolhi uma roupa. Me vesti, arrumei o cabelo, passei uma maquiagem quase imperceptível de tão leve e fiquei pronta assim:
Desci as escadas e fui tomar café da manhã com minha mãe, que ainda estava em casa.
- Oi filha, tá bonita! - Ela falou, dando uma mordida na sua maçã.
- Obrigada. - Sorri. - Vou ao Parque com o Harry hoje. Vamos ficar lá o dia inteiro, ok? - Falei.
- Tudo bem, então não vou voltar para almoçar em casa hoje.
- Tá bom. - Falei, pegando um potinho de iogurte da geladeira.
Ficamos conversando por um tempo, até ela olhar as para o relógio e falar que ia se atrasar para uma reunião importante.
Terminei meu iogurte e não demorou muito para eu ouvir o Harry buzinando lá fora. Peguei minha bolsa, coloquei meu celular dentro dela e coloquei-a no ombro. Abri a porta e vi o Harry encostado em um Audi A8 preto. Tranquei a porta e fui até ele.
- Oi meu amor! - Falei abraçando-o.
- Oi coisa linda! - Ele me selou. - Eu estava com saudades.
- Amor, você me viu ontem a noite. - Falei, lembrando-o do jantar com os meus pais. Ele estava morrendo de vergonha, mas até que ele foi muito bem.
- Eu sei amor, mas mesmo assim, eu senti sua falta. - Ele falou, me abraçando. - Então, vamos?
- Vamos! Eu adoro ir no parque, sério. - Falei, indo para o outro lado do carro e entrando.
Assim que Harry entrou no carro, ele deu partida e seguiu caminho até o parque. Fomos o tempo todo cantando algumas músicas que estavam em seu iPod. Demoramos mais ou menos uns 20 minutos para chegar ao parque.
Quando chegamos à entrada, Harry comprou nossos ingressos e um funcionário colocou uma pulseira amarela no meu braço e uma no braço do Harry. Entramos pelos grandes portões vermelhos e vimos toda aquela multidão de pessoas andando de um lado para o outro, crianças com algodão doce, pessoas fantasiadas e palhaços fazendo as crianças rirem (e algumas chorarem).
- Ai, como eu adoro o Parque! - Falei. - Eu amava vir aqui com o meu pai quando eu era criança. Eu, a Cacau e a Sofi já passamos muito tempo juntas aqui. Até hoje nunca fui em todos os brinquedos. Quando eu era pequena não podia ir nos de mais legais porque não tinha altura o suficiente e agora não posso ir nos de criança porque sou grande demais.
Harry riu e beijou minha testa.
- Então vamos logo e quem sabe conseguimos andar em todos os brinquedos hoje. - Ele falou.
- Acho um pouco difícil. - Falei rindo. - O Parque é enorme, nunca vamos conseguir ir em todos os brinquedos hoje.
- Ah, mas vamos ir no máximo possível! - Harry gritou, me puxando para o lado do Parque onde ficava uma montanha russa.
- Vamos na montanha russa? - Perguntei.
- É... eu não tenho certeza. - Ele falou, olhando para aquela montanha russa enorme.
- Não precisamos ir se você não quiser. - Eu respondi.
- Eu sempre tive medo, mas uma hora você tem que enfrentar né. E pra falar a verdade, parece até legal. - Ele falou, apertando os olhos para enxergar direito por causa do sol.
- Tem certeza? - Perguntei. Por mais que eu quisesse muito ir, se ele tem medo, não posso forçá-lo.
- Tenho. Tenho sim. - Ele sorriu e segurou minha mão.
Entramos pra fila e em pouco tempo estávamos nos sentando na segunda fila de bancos da montanha russa. Apertamos o cinto e esperamos a diversão começar. A subida era enorme, demoramos uns 10 segundos para chegar até o alto. Quando o trem deu início à primeira queda, era impossível ouvir outra coisa além dos gritos enlouquecidos dos passageiros.
Era tudo muito rápido e o primeiro loop deu um super frio na barriga. Eu estava com as mãos para cima gritando toda feliz enquanto o Harry segurava o cinto com força. Depois de algumas subidas e descidas, veio o segundo loop e então o terceiro, logo em seguida. O tempo de duração foi de mais ou menos 1 minuto e 30 segundos. Quando acabou, o rosto do Harry estava completamente vermelho e eu estava rindo muito.
- Nossa, isso foi muito legal! - Ele falou igual uma criança que no Natal ganha exatamente o presente que pediu para o Papai Noel.
- E então, onde quer ir agora? - Perguntei a ele.
- Lá. - Ele apontou para uma Casa Mal-Assombrada que estava a alguns metros de distância de nós.
- Então vamos! - Puxei-o pelo braço e saí carregando-o até lá.
Entramos pela grande porta de madeira junto com mais umas 8 pessoas. Dentro da casa fazia um frio insuportável, considerando que lá fora o sol brilhava forte. Começamos a seguir caminho pelo corredor largo e comprido, observando as setas brilhantes no chão. A única luz na casa vinha das setas e das velas nos enormes castiçais nas paredes do corredor.
No começo, o único som audível era os nossos passos, mas aí as portas começaram a se bater, coisas de vidro pareciam cair no chão e se quebrar e no final do corredor havia um fantasma de uma mulher que corria em nossa direção e no meio do caminho, simplesmente desaparecia. Nenhum de nós ficou em silêncio, eu provavelmente fui a pessoa que mais gritou, depois de uma menina que parecia ter uns 14 anos.
O resto do caminho foi muito assustador, principalmente quando começamos a ouvir umas risadas estranhas e parecemos ver pessoas andando pela casa. Quando finalmente saímos da Casa Mal-Assombrada, fiquei satisfeita por ver o brilho do sol.
- Isso foi muito assustador! - Gritei, rindo.
- Nossa, foi mesmo. E aquele carinha com a faca? Gritei muito quando ouvi ele falando que ia matar a gente. - Harry falou, passando seu braço pelo meu ombro.
Algumas pessoas passavam e ficavam olhando para o Harry, tentando ver se realmente era ele. Ele estava de óculos escuros e com um gorro verde na cabeça. Acha que sabe disfarçar né, coitado u.u
- Aí, o que é aquilo? - Ele me perguntou, apontando para uma barraquinha com algumas cabeças de animais de pelúcia penduradas em todos os lados.
- Ai, eu sempre quis uma daquelas cabeças! A Cacau e a Sofi nunca quiseram comprar junto comigo. - Fiz biquinho.
- Então vamos lá porque eu também quero uma cabeça dessas!
Harry me segurou pela mão e fomos andando juntos até a barraca. Chegando lá, eu vi uma cabeça de tigre linda e fui logo pegando. O Harry demorou um pouco mais. Primeiro ele experimentou uma de cachorro, depois a de gato, até uma de tubarão. Acabou levando uma cabeça de elefante. Pelo menos aquilo seria um grande disfarce e nós estávamos muito engraçados com aquelas coisas enormes e calorentas na cabeça.
Harry e eu saímos correndo na direção de um carrossel todo colorido e cheio de luzes (sim, somos crianças, e daí?). Entramos e eu me sentei em um cavalinho branco de crina vermelha e o Harry se sentou do meu lado, em um cavalinho marrom de crina loira. Quando o brinquedo começou a andar, o meu cavalo ia mais rápido do que o do Harry, então ele acabou ficando pra trás.
- Desculpa tá, mas eu sou bem mais rápida que você. Eu sou a melhor do mundo, beijos. - Falei, vendo ele ficar pra trás.
Não demorou muito para eu ver ele correr atrás de mim e se sentar no cavalinho que estava na minha frente. Um dos funcionários do Parque que estava tomando conta do carrossel ficou encarando ele como se ele fosse louco.
- Viu, agora sou mais rápido que você. - Ele disse, fazendo língua pra mim.
Fomos na máquina de pegar ursinhos e o Harry conseguiu pegar um sapinho pra mim. Eu nunca tinha ganhado nada nesse tipo de brinquedo e sempre continuava tentando. Depois de andar em mais alguns brinquedos legais com aquelas cabeças gigantes, fomos para uma lanchonete que ficava no final do Parque. Para a minha surpresa, lá estava bem calmo e vazio.
Tiramos nossas cabeças de pelúcia e pedimos cachorro-quente e refrigerante. Quando terminamos de comer, pegamos aqueles sorvetes de casquinha enormes com uma bola em cima da outra. Eu pedi um de flocos, chocolate, morango e creme e Harry pediu um de céu azul, amendoim, chocolate e baunilha. Depois de um tempo, fomos em alguns brinquedos mais calmos (com medo de passar mal, óbvio) e então fomos embora.
Harry me deixou em casa e foi para o Hotel em que ele e os meninos estavam hospedados. Quando cheguei em casa eram mais ou menos 17:30. Harry havia me falado que passaria aqui às 20:00 para me pegar, vamos em algum lugar que ele não quer me falar onde é. Só falou que é pra eu ir bem arrumada, chique, elegante e fina.
Peguei minha toalha e fui tomar um banho. Demorei um pouco porque o dia hoje foi bem cansativo e tomar banho em água quente me deixa muito mais lenta e preguiçosa que o normal. Quando saí do banho, me enrolei na toalha e fui para o meu quarto. Coloquei uma roupa qualquer, abri o guarda roupas e fiquei sentada na beirada da cama olhando as minhas roupas por algum tempo. Eu não conseguia decidir o que vestir e no sono que eu estava sentindo, acabei adormecendo.
Quando acordei, já era 19:00. Eu tinha uma hora para escolher minha roupa, me vestir, maquiar e arrumar cabelo. Eu levantei da cama em um pulo ninja, fiquei procurando uma roupa boa por uns 5 minutos e me troquei. Fiz a maquiagem, arrumei o cabelo, peguei minha bolsa e coloquei os sapatos. Pronto. Eu consegui arrumar e ainda levou alguns minutos para o Harry chegar na minha rua. Dei uma última olhada no espelho e eu estava assim:
Desci as escadas, falei tchau para os meus pais e abria porta da frente. Lá estava o Harry, de terno, encostado no carro, com as mãos no bolso. Aqueles lindos olhos verdes me fitaram e eu não pude deixar de sorrir. Eu acho que nunca vou ser capaz de me acostumar com aqueles olhos, aquele cabelo, aquele sorriso ou aquele jeito que só ele tem.
- Olá minha bela dama. - Ele brincou, pegando minha mão e beijando-a.
- Olá senhor elegante. - Disse no mesmo tom de brincadeira, fazendo uma reverência.
- Você está linda. - Ele sorriu, me segurando pela cintura, fazendo nossos corpos se aproximarem.
- E você está absurdamente maravilhoso. - Eu respondi, fazendo ele corar.
Ele realmente estava lindo, exatamente como todos os dias, só que de terno. Harry passou a mão pelos meus cabelos, colocando uma mecha atrás da minha orelha. Voltou sua mão para minha cintura e me deu um selinho, que logo foi transformado em um pedido de passagem da sula língua. Começamos a nos beijar e eu senti arrepios por todo o meu corpo, como era de costume. Depois de alguns minutos, o beijo acabou e ele me deu vários selinhos.
- Então, vamos? - Ele me peguntou, segurando minha mão.
- Vamos, seja lá para onde estivermos indo. - Falei rindo.
Harry me guiou até o outro lado do carro, abriu a porta para mim e quando eu entrei, ele a fechou. Ele deu a volta, entrou no carro e deu partida. No caminho, ele falou que eu estava linda pelo menos umas 5 vezes e eu ficava corada todas as vezes que ele falava isso. Levamos mais ou menos 10 minutos para chegar ao tal lugar que ele não me contava de jeito nenhum. Quando saí do carro, era um restaurante lindo, à beira do mar. Era um lugar muito grande e tocava uma música suave e romântica que dava para ouvir do lado de fora. Harry segurou minha mão e andamos até a entrada. Um funcionário se aproximou e sorriu para nós.
- Mr. Styles. - Ele falou, nos levando até a mesa que o Harry havia reservado para nós dois. Tinha uma vista maravilhosa para o mar e nossa mesa era a céu aberto. O céu estava lindo, cheio de estrelas que pareciam estar dançando no céu de tão maravilhosas.
Harry puxou a cadeira para mim e me ajudou a sentar, depois ele se sentou à minha frente. Eu sorri para ele e em troca recebi uma piscadela daqueles lindos olhos verdes. Fizemos os nossos pedidos e em pouco tempo nossos pratos chegaram.
- Harry, esse lugar é lindo! - Eu falei.
- Você gostou? - Ele perguntou.
- Eu amei, sério. - Ele segurou minha mão por cima da mesa e deu um beijo nela.
- E como vai a sua faculdade? - Ele me perguntou.
- Tá indo tudo bem, eu tô amando. - Respondi. - Quando vocês voltam para Londres? - Perguntei.
- Não tenho certeza ainda. - Ele falou.
- Então nós temos que aproveitar bastante, né?
- Ou... - Ele começou.
- Ou o quê? - Perguntei, com um sorriso no canto da boca.
- Ou você e as meninas podem voltar para lá com a gente. Para morar lá, exatamente como vocês iam fazer antes de... - Ele tentava falar sobre o caso do Marketing. - Você sabe.
- Não sei se os nossos pais vão deixar. Ainda mais agora que já começamos a faculdade aqui. Não vão nos deixar simplesmente abandonar tudo isso aqui. - Respondi.
- Mas a gente pode dar um jeito. - Ele falou.
- Como, Harry? Eu não consigo pensar em nada. - Falei, sincera.
Eu queria muito poder voltar com os meninos. Afinal, morar em Londres sempre foi o meu sonho, assim como o da Cacau e da Sofi. Já foi difícil de nossos pais deixarem no ano passado, imagina agora, que já começamos a faculdade aqui. Não vão nos deixar simplesmente jogar tudo pro ar e nos mudar pra Londres.
- Eu não sei, mas nós vamos pensar em alguma coisa. Eu não quero ficar longe de você. Foi horrível enquanto você estava aqui e eu estava lá longe. Não quero ter que passar por isso de novo. - Ele falou, acariciando a minha mão.
- Eu também não quero ficar longe de você, meu amor.
- Eu prometo que vou dar um jeito, ok? Eu vou te levar pra Londres comigo nem que eu tenha que te carregar nas costas ou dentro da minha mala. - Ele falou sério, me fazendo rir.
- Eu te amo. - Falei.
Harry se levantou da sua cadeira e veio para o meu lado. Segurou a minha mão e me pôs de pé. Pude sentir as pessoas no restaurante nos olhando, mas naquele momento, eu realmente não me importei. Harry passou as mãos pela minha cintura e me puxou para um beijo. Foi um beijo calmo e suave e eu não queria largá-lo por nada. Partimos o beijo em pouco tempo, provavelmente porque sabíamos que todo mundo estava nos olhando.
- Eu também te amo. - Ele disse, me dando um selinho e voltando a se sentar.
Olhei à nossa volta e as pessoas realmente estavam olhando, a maioria sorrindo para nós dois e alguns tentando disfarçar. Continuamos nosso jantar normalmente e foi uma noite maravilhosa, vendo as estrelas dançarem.
- Ai, como eu adoro o Parque! - Falei. - Eu amava vir aqui com o meu pai quando eu era criança. Eu, a Cacau e a Sofi já passamos muito tempo juntas aqui. Até hoje nunca fui em todos os brinquedos. Quando eu era pequena não podia ir nos de mais legais porque não tinha altura o suficiente e agora não posso ir nos de criança porque sou grande demais.
Harry riu e beijou minha testa.
- Então vamos logo e quem sabe conseguimos andar em todos os brinquedos hoje. - Ele falou.
- Acho um pouco difícil. - Falei rindo. - O Parque é enorme, nunca vamos conseguir ir em todos os brinquedos hoje.
- Ah, mas vamos ir no máximo possível! - Harry gritou, me puxando para o lado do Parque onde ficava uma montanha russa.
- Vamos na montanha russa? - Perguntei.
- É... eu não tenho certeza. - Ele falou, olhando para aquela montanha russa enorme.
- Não precisamos ir se você não quiser. - Eu respondi.
- Eu sempre tive medo, mas uma hora você tem que enfrentar né. E pra falar a verdade, parece até legal. - Ele falou, apertando os olhos para enxergar direito por causa do sol.
- Tem certeza? - Perguntei. Por mais que eu quisesse muito ir, se ele tem medo, não posso forçá-lo.
- Tenho. Tenho sim. - Ele sorriu e segurou minha mão.
Entramos pra fila e em pouco tempo estávamos nos sentando na segunda fila de bancos da montanha russa. Apertamos o cinto e esperamos a diversão começar. A subida era enorme, demoramos uns 10 segundos para chegar até o alto. Quando o trem deu início à primeira queda, era impossível ouvir outra coisa além dos gritos enlouquecidos dos passageiros.
Era tudo muito rápido e o primeiro loop deu um super frio na barriga. Eu estava com as mãos para cima gritando toda feliz enquanto o Harry segurava o cinto com força. Depois de algumas subidas e descidas, veio o segundo loop e então o terceiro, logo em seguida. O tempo de duração foi de mais ou menos 1 minuto e 30 segundos. Quando acabou, o rosto do Harry estava completamente vermelho e eu estava rindo muito.
- Nossa, isso foi muito legal! - Ele falou igual uma criança que no Natal ganha exatamente o presente que pediu para o Papai Noel.
- E então, onde quer ir agora? - Perguntei a ele.
- Lá. - Ele apontou para uma Casa Mal-Assombrada que estava a alguns metros de distância de nós.
- Então vamos! - Puxei-o pelo braço e saí carregando-o até lá.
Entramos pela grande porta de madeira junto com mais umas 8 pessoas. Dentro da casa fazia um frio insuportável, considerando que lá fora o sol brilhava forte. Começamos a seguir caminho pelo corredor largo e comprido, observando as setas brilhantes no chão. A única luz na casa vinha das setas e das velas nos enormes castiçais nas paredes do corredor.
No começo, o único som audível era os nossos passos, mas aí as portas começaram a se bater, coisas de vidro pareciam cair no chão e se quebrar e no final do corredor havia um fantasma de uma mulher que corria em nossa direção e no meio do caminho, simplesmente desaparecia. Nenhum de nós ficou em silêncio, eu provavelmente fui a pessoa que mais gritou, depois de uma menina que parecia ter uns 14 anos.
O resto do caminho foi muito assustador, principalmente quando começamos a ouvir umas risadas estranhas e parecemos ver pessoas andando pela casa. Quando finalmente saímos da Casa Mal-Assombrada, fiquei satisfeita por ver o brilho do sol.
- Isso foi muito assustador! - Gritei, rindo.
- Nossa, foi mesmo. E aquele carinha com a faca? Gritei muito quando ouvi ele falando que ia matar a gente. - Harry falou, passando seu braço pelo meu ombro.
Algumas pessoas passavam e ficavam olhando para o Harry, tentando ver se realmente era ele. Ele estava de óculos escuros e com um gorro verde na cabeça. Acha que sabe disfarçar né, coitado u.u
- Aí, o que é aquilo? - Ele me perguntou, apontando para uma barraquinha com algumas cabeças de animais de pelúcia penduradas em todos os lados.
- Ai, eu sempre quis uma daquelas cabeças! A Cacau e a Sofi nunca quiseram comprar junto comigo. - Fiz biquinho.
- Então vamos lá porque eu também quero uma cabeça dessas!
Harry me segurou pela mão e fomos andando juntos até a barraca. Chegando lá, eu vi uma cabeça de tigre linda e fui logo pegando. O Harry demorou um pouco mais. Primeiro ele experimentou uma de cachorro, depois a de gato, até uma de tubarão. Acabou levando uma cabeça de elefante. Pelo menos aquilo seria um grande disfarce e nós estávamos muito engraçados com aquelas coisas enormes e calorentas na cabeça.
Harry e eu saímos correndo na direção de um carrossel todo colorido e cheio de luzes (sim, somos crianças, e daí?). Entramos e eu me sentei em um cavalinho branco de crina vermelha e o Harry se sentou do meu lado, em um cavalinho marrom de crina loira. Quando o brinquedo começou a andar, o meu cavalo ia mais rápido do que o do Harry, então ele acabou ficando pra trás.
- Desculpa tá, mas eu sou bem mais rápida que você. Eu sou a melhor do mundo, beijos. - Falei, vendo ele ficar pra trás.
Não demorou muito para eu ver ele correr atrás de mim e se sentar no cavalinho que estava na minha frente. Um dos funcionários do Parque que estava tomando conta do carrossel ficou encarando ele como se ele fosse louco.
- Viu, agora sou mais rápido que você. - Ele disse, fazendo língua pra mim.
Fomos na máquina de pegar ursinhos e o Harry conseguiu pegar um sapinho pra mim. Eu nunca tinha ganhado nada nesse tipo de brinquedo e sempre continuava tentando. Depois de andar em mais alguns brinquedos legais com aquelas cabeças gigantes, fomos para uma lanchonete que ficava no final do Parque. Para a minha surpresa, lá estava bem calmo e vazio.
Tiramos nossas cabeças de pelúcia e pedimos cachorro-quente e refrigerante. Quando terminamos de comer, pegamos aqueles sorvetes de casquinha enormes com uma bola em cima da outra. Eu pedi um de flocos, chocolate, morango e creme e Harry pediu um de céu azul, amendoim, chocolate e baunilha. Depois de um tempo, fomos em alguns brinquedos mais calmos (com medo de passar mal, óbvio) e então fomos embora.
Harry me deixou em casa e foi para o Hotel em que ele e os meninos estavam hospedados. Quando cheguei em casa eram mais ou menos 17:30. Harry havia me falado que passaria aqui às 20:00 para me pegar, vamos em algum lugar que ele não quer me falar onde é. Só falou que é pra eu ir bem arrumada, chique, elegante e fina.
Peguei minha toalha e fui tomar um banho. Demorei um pouco porque o dia hoje foi bem cansativo e tomar banho em água quente me deixa muito mais lenta e preguiçosa que o normal. Quando saí do banho, me enrolei na toalha e fui para o meu quarto. Coloquei uma roupa qualquer, abri o guarda roupas e fiquei sentada na beirada da cama olhando as minhas roupas por algum tempo. Eu não conseguia decidir o que vestir e no sono que eu estava sentindo, acabei adormecendo.
Quando acordei, já era 19:00. Eu tinha uma hora para escolher minha roupa, me vestir, maquiar e arrumar cabelo. Eu levantei da cama em um pulo ninja, fiquei procurando uma roupa boa por uns 5 minutos e me troquei. Fiz a maquiagem, arrumei o cabelo, peguei minha bolsa e coloquei os sapatos. Pronto. Eu consegui arrumar e ainda levou alguns minutos para o Harry chegar na minha rua. Dei uma última olhada no espelho e eu estava assim:
Desci as escadas, falei tchau para os meus pais e abria porta da frente. Lá estava o Harry, de terno, encostado no carro, com as mãos no bolso. Aqueles lindos olhos verdes me fitaram e eu não pude deixar de sorrir. Eu acho que nunca vou ser capaz de me acostumar com aqueles olhos, aquele cabelo, aquele sorriso ou aquele jeito que só ele tem.
- Olá minha bela dama. - Ele brincou, pegando minha mão e beijando-a.
- Olá senhor elegante. - Disse no mesmo tom de brincadeira, fazendo uma reverência.
- Você está linda. - Ele sorriu, me segurando pela cintura, fazendo nossos corpos se aproximarem.
- E você está absurdamente maravilhoso. - Eu respondi, fazendo ele corar.
Ele realmente estava lindo, exatamente como todos os dias, só que de terno. Harry passou a mão pelos meus cabelos, colocando uma mecha atrás da minha orelha. Voltou sua mão para minha cintura e me deu um selinho, que logo foi transformado em um pedido de passagem da sula língua. Começamos a nos beijar e eu senti arrepios por todo o meu corpo, como era de costume. Depois de alguns minutos, o beijo acabou e ele me deu vários selinhos.
- Então, vamos? - Ele me peguntou, segurando minha mão.
- Vamos, seja lá para onde estivermos indo. - Falei rindo.
Harry me guiou até o outro lado do carro, abriu a porta para mim e quando eu entrei, ele a fechou. Ele deu a volta, entrou no carro e deu partida. No caminho, ele falou que eu estava linda pelo menos umas 5 vezes e eu ficava corada todas as vezes que ele falava isso. Levamos mais ou menos 10 minutos para chegar ao tal lugar que ele não me contava de jeito nenhum. Quando saí do carro, era um restaurante lindo, à beira do mar. Era um lugar muito grande e tocava uma música suave e romântica que dava para ouvir do lado de fora. Harry segurou minha mão e andamos até a entrada. Um funcionário se aproximou e sorriu para nós.
- Mr. Styles. - Ele falou, nos levando até a mesa que o Harry havia reservado para nós dois. Tinha uma vista maravilhosa para o mar e nossa mesa era a céu aberto. O céu estava lindo, cheio de estrelas que pareciam estar dançando no céu de tão maravilhosas.
Harry puxou a cadeira para mim e me ajudou a sentar, depois ele se sentou à minha frente. Eu sorri para ele e em troca recebi uma piscadela daqueles lindos olhos verdes. Fizemos os nossos pedidos e em pouco tempo nossos pratos chegaram.
- Harry, esse lugar é lindo! - Eu falei.
- Você gostou? - Ele perguntou.
- Eu amei, sério. - Ele segurou minha mão por cima da mesa e deu um beijo nela.
- E como vai a sua faculdade? - Ele me perguntou.
- Tá indo tudo bem, eu tô amando. - Respondi. - Quando vocês voltam para Londres? - Perguntei.
- Não tenho certeza ainda. - Ele falou.
- Então nós temos que aproveitar bastante, né?
- Ou... - Ele começou.
- Ou o quê? - Perguntei, com um sorriso no canto da boca.
- Ou você e as meninas podem voltar para lá com a gente. Para morar lá, exatamente como vocês iam fazer antes de... - Ele tentava falar sobre o caso do Marketing. - Você sabe.
- Não sei se os nossos pais vão deixar. Ainda mais agora que já começamos a faculdade aqui. Não vão nos deixar simplesmente abandonar tudo isso aqui. - Respondi.
- Mas a gente pode dar um jeito. - Ele falou.
- Como, Harry? Eu não consigo pensar em nada. - Falei, sincera.
Eu queria muito poder voltar com os meninos. Afinal, morar em Londres sempre foi o meu sonho, assim como o da Cacau e da Sofi. Já foi difícil de nossos pais deixarem no ano passado, imagina agora, que já começamos a faculdade aqui. Não vão nos deixar simplesmente jogar tudo pro ar e nos mudar pra Londres.
- Eu não sei, mas nós vamos pensar em alguma coisa. Eu não quero ficar longe de você. Foi horrível enquanto você estava aqui e eu estava lá longe. Não quero ter que passar por isso de novo. - Ele falou, acariciando a minha mão.
- Eu também não quero ficar longe de você, meu amor.
- Eu prometo que vou dar um jeito, ok? Eu vou te levar pra Londres comigo nem que eu tenha que te carregar nas costas ou dentro da minha mala. - Ele falou sério, me fazendo rir.
- Eu te amo. - Falei.
Harry se levantou da sua cadeira e veio para o meu lado. Segurou a minha mão e me pôs de pé. Pude sentir as pessoas no restaurante nos olhando, mas naquele momento, eu realmente não me importei. Harry passou as mãos pela minha cintura e me puxou para um beijo. Foi um beijo calmo e suave e eu não queria largá-lo por nada. Partimos o beijo em pouco tempo, provavelmente porque sabíamos que todo mundo estava nos olhando.
- Eu também te amo. - Ele disse, me dando um selinho e voltando a se sentar.
Olhei à nossa volta e as pessoas realmente estavam olhando, a maioria sorrindo para nós dois e alguns tentando disfarçar. Continuamos nosso jantar normalmente e foi uma noite maravilhosa, vendo as estrelas dançarem.
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